10/12/2021 14h57 - Atualizado em 10/12/2021 14h57
Eis aqui algo que incomoda muita gente, saber que é vítima de algum comentário maldoso. Pense, contudo, por que o “linguaiada” escolheu exatamente aquela pessoa para maldizer você? Ou, por que o ouvinte ficou tão à vontade escutando os comentários?
Noutras ocasiões já escrevi sobre este assunto, a fofoca, mas ainda há espaço para retomar. Os fofoqueiros, ou “linguaiadas”, geralmente, sofrem de baixa autoestima, são imaturos, agressivos emocionalmente, com intensa necessidade de falar da vida alheia para aliviar suas tensões e chamar a atenção para si, criando uma falsa sensação de pessoa importante, detentora de alguma informação. Resumindo, são doentes que precisam de ajuda profissional. Quando um “linguaiada” aponta defeito em outra pessoa, está olhando algo que não gosta nele próprio, daí o ditado que alguns atribuem ao austríaco Sigmund Freud (1856–1939): “Quando Pedro me fala de Paulo, sei mais de Pedro que de Paulo”.
Bem antes de Freud, o escritor sagrado escreveu que “Seis coisas o SENHOR aborrece, e a sétima a sua alma abomina: olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que trama projetos iníquos, pés que se apressam a correr para o mal, testemunha falsa que profere mentiras e o que semeia contendas entre irmãos” (Provérbios 16,16-19). Mas o “linguaiada” não entenderá que sua prática é abominada por Deus. Está doente demais para perceber isso sem ajuda profissional.
Lembre-se, ainda, que quem lhe traz fofoca também é fofoqueiro, e se o fofoqueiro é um doente, quem o ouve é igualmente suspeito.
Jamais se abale pelos “linguaiadas”. Todos nós estamos sujeitos a nos tornarmos vítimas deles e de quem lhes dá atenção. É impossível controlar o que falam ou pensam. Mas podemos controlar quem somos, pois, isso depende só de nós. Então, vivamos de tal maneira que o “linguaiada” jamais tenha razão e, se mesmo assim, tiver alguma, o problema é só nosso e não diz respeito nem a quem comentou, nem a quem parou para ouvir.